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     27/04/2024            
 
 
    

A ambiência é hoje um fator determinante na produção de carne suína de qualidade. Conhecer bem as zonas de conforto térmico, os mecanismos fisiológicos e comportamentais, além de proporcionar um manejo adequado durante as operações pré-abate são indispensáveis para se obter um produto dentro dos exigentes padrões de consumo e exportação atuais.
A carne suína é a mais consumida no mundo, devido suas características como adequado teor de proteína, a combinação de todos os aminoácidos essenciais, pouca gordura saturada, baixo teor de colesterol, além de ser rica em vitaminas e minerais. Lidera o consumo per capita mundial, seguida pela carne de frango e em terceiro lugar encontra-se a carne bovina. No Brasil o consumo da carne suína se limita ao 3º lugar, ficando atrás da carne bovina e da carne de frango.
Por muito tempo o grande foco da produção animal foi o tripé sanidade, genética e nutrição, porém tem-se evidenciado que estes fatores são limitados pelo ambiente, como por exemplo, o microclima das instalações e o ambiente aéreo. No Nordeste do Brasil o clima quente e a baixa umidade relativa do ar contribuem para o agravamento das condições de estresse térmico, comprometendo diretamente a qualidade de carcaça e da carne de suínos.
O período de pré-abate compreende o momento de preparo dos animais, embarque, transporte e espera no abatedouro. Mesmo sendo realizados de forma adequada, essas etapas normalmente causam muito estresse aos animais, que resulta principalmente da intensidade de manejo a que os suínos são submetidos.
O preparo dos animais deve se iniciar com o jejum alimentar, que deve ser de no mínimo 12 horas até o abate do animal, levando-se em consideração o tempo de carregamento, transporte e espera, sendo um procedimento de suma importância, pois minimiza a taxa de mortalidade durante o transporte, reduzindo assim as perdas, além de melhorar a segurança dos alimentos, já que o conteúdo gastrointestinal durante a evisceração pode contaminar a carcaça, além de contribuir também para a segurança ambiental, visto que haverá um menor volume de dejetos no abatedouro.
Outro momento importante é o embarque dos animais no caminhão de transporte, este procedimento também pode causar muito estresse tanto nos animais quanto nos manejadores, afetando assim a tranquilidade que é indispensável nesta etapa. Medidas como, proximidade da baia até a rampa de embarque e calma na condução dos animais, podem contribuir para a redução do estresse sofrido pelos animais. A rampa também deve ser de material antiderrapante para facilitar a condução dos animais e evitar traumas e escoriações.
O transporte deve empregar uma boa logística, com profissionais qualificados, equipamentos apropriados e caminhões com carrocerias bem estruturadas e higienizadas, além disso, esse procedimento deverá ser realizado preferencialmente em períodos mais amenos do dia, onde a temperatura esteja mais agradável. O transporte quando realizado nas horas mais quentes do dia deverá, preferencialmente, ser de curta distância e duração.
Por fim, tem-se a etapa de espera no abatedouro, que consiste em um período de descanso para os animais que, nesse momento terão a oportunidade de se recuperar do estresse sofrido durante as etapas anteriores. A baia de espera deverá oferecer boa ventilação, sombra e possuir densidade adequada. Adotando estes cuidados pode-se reduzir a frequência de brigas entre os animais, o que diminuirá o estresse e propiciará uma carcaça de melhor qualidade.
Atualmente está sendo realizada pelo Núcleo de Estudos em Ambiência Agrícola e Bem-estar Animal (NEAMBE) uma pesquisa sobre a influência das condições bioclimáticas nas operações pré-abate de suínos no Estado do Ceará. O projeto de pesquisa, inédito na região, aborda todo o processo de pré-abate, desde o embarque dos animais na fazenda até o abate dos mesmos.
A busca por produtos de alta qualidade estará sempre em evidência no mercado consumidor moderno e o bem-estar animal no pré-abate tem grande importância neste processo, seja pela possibilidade de reduzir as perdas ocorridas nesta etapa final da produção ou por otimizar os processos de manejo dos animais, proporcionando assim melhores resultados tanto para o produtor quanto para o consumidor final.

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